“Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus”. Romanos 8.19-21

Quando Deus criou o homem, deu-lhe a ordem de governar sobre toda criação, sujeitando-a à sua autoridade. Quando o homem se afastou de Deus por causa do pecado, a criação passou a sofrer com a autoridade desprovida da justiça e do amor que antes havia. Assim, como todo ser humano, a criação também passou a sofrer com as distorções e a consequência que o pecado trouxe para o mundo. Toda a destruição promovida pelos homens à criação é fruto do desastre de autoridade que o mundo sofre desde que o homem afastou-se de Deus. Ele perdeu o amor pela criação, perdeu a capacidade de gerir com justiça e de sujeitá-la por amor, de forma que ela pudesse continuar a produzir conforme os princípios para que foi criada: “todas as árvores em que há fruto que dê semente, servirão para mantimento”. O grande problema é que o homem usou a natureza como entendia sem preocupar-se com o mantimento do equilíbrio que deveria haver na criação. Destruiu sem limites, sem planejamento e sem reposição das espécies. Contaminou e acabou com as nascentes dos rios; assoreando suas margens e transformando matas em desertos. Hoje, o planeta paga por esta destruição desenfreada que provoca um imenso desequilíbrio no clima da terra. A criação geme na expectativa da conversão dos filhos de Deus, para que possam, como no princípio, cuidar da criação como o Senhor havia ordenado. Mais do que isso, a criação espera pela harmonia perdida, pela justiça abandonada e pela esperança da graça que pode nos fazer viver num planeta equilibrado e mantenedor de todas as nossas necessidades. Esta é a esperança que nasce da expectativa de melhores dias, onde todos nós possamos desfrutar da beleza da criação. As cidades, que foram criadas por Caim, continuam a avançar sobre os campos do Senhor, com a nossa ajuda, desobedecendo a ordem de manutenção e cuidado que devemos ter para com eles. A criação aguarda a transformação de nossas mentes e corações, pois ela também sofre as consequências do nosso pecado.

Senhor, perdoa-nos por proceder tão destrutivamente contra a criação que nos deste para nosso mantimento. Que teu amor por nós possa modificar o nosso coração e as nossas ações, de forma que cuidemos daquilo que tu criaste. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!

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