Onde uma pérola é gerada

“Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças?” (Isaías 40:12)

Assim como é impossível o filho ser gerado fora do útero, é impossível uma pérola ser gerada fora de uma concha. Em Isaías 40:12, está escrito que as mãos de Deus são duas grandes conchas para gerar pérolas. Essas grandes conchas entram em um grande oceano onde as pérolas são geradas.

Nossa igreja é uma grande concha, uma grande ostra. E você é uma grande pérola que está sendo formada aqui dentro. Você é uma pérola! A generosidade do Pai tem alcançado e moldado sua vida.

Cada um de nós foi formado nas conchas das mãos de Deus, somos filhos legítimos que fazemos parte de uma multidão de filhos legítimos. Sabemos que pai é pai, e mãe é mãe. Não há nenhuma dificuldade para um pai internalizar sua paternidade, porque quando é pai ele quer que o filho faça parte da sua essência. Todo filho é um pedaço da vida do pai, uma extensão que se move, caminha, celebra... Já a mãe não precisa fazer esforço para dizer que é mãe. Ela é mãe na sua essência e na sua naturalidade. Durante nove meses, ela toma todos os cuidados adequados para que a vida que está guardada em seu útero tenha um nascimento saudável e uma vida melhor que a dela.

Todo pai e toda mãe querem mostrar o filho. Filho faz parte de uma essência, de um todo. Pai e mãe não têm crise em relação aos filhos. Mas, algumas vezes, filhos têm crises em relação aos pais. Isso normalmente ocorre porque os pais têm a reação natural de proteger o filho, como um bom leão e uma boa leoa. Agem na naturalidade, apesar de nem sempre os filhos compreenderem o porquê de algumas reações dos pais.

No mundo de hoje, é comum ver adolescentes e jovens passando por crises com os pais. É bem verdade que isso também ocorre porque em algumas famílias os pais adotaram a televisão e outras ferramentas para substituir a paternidade. Houve uma inversão de valores dentro de casa, o que gera crises desnecessárias.

Muitos pais tentam substituir a ausência com presentes, bom supermercado, brinquedos caros, etc. Isso faz com que os filhos cresçam carentes e façam leituras erradas em relação aos fatores externos.

Pela falta dos pais, entram as amizades erradas, adquiridas na rua, no colégio, na faculdade, nos lugares mais variados. Tais relacionamentos podem trazer várias perversões no entendimento do que é ser filho e do que é a paternidade em si. Filhos criados sem assistência dos pais não conseguem compreender o que é ser filho legítimo, por exemplo, a menos que nasçam de novo.

Há filhos que são tão feridos com os pais que sentem vergonha de ser filhos de quem são, alguns chegam mesmo a negar a paternidade e a maternidade, arrumam substitutos.

A Bíblia diz que há uma filiação que entra no nível da carne ou do Espírito (Romanos 8:12-16). Ou é carne ou é espírito. Se há opção da carne, entra a morte. Se há opção do espírito, entra a vida. Há dois níveis de salário para um trabalho. As pessoas que vivem na obra da carne, trabalham na obra da carne. A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte, então se eles vivem na obra da carne e vivem por um salário, seu nome é morte.

A Bíblia diz em Gálatas 6:7-9 que aquilo que plantarmos, colheremos. Quem planta na carne, colhe morte. Quem planta no espírito, colhe vida.

Então, a lei da semeadura, a lei do plantar e colher, sempre frutificará. Se o plantio for na obra da carne, a colheita será de morte, itens diferenciados de morte. Se o plantio for no espírito, a colheita será de vida, índice e níveis diferenciados de vida.

Essa morte que aparece na Bíblia não está falando de necrós, é a morte sarkós, ou seja, alguém que perdeu a bênção da vida, alguém que não consegue ver e, por isso, está debaixo desse decreto maligno, que é o sarcófago. A própria pessoa cava a sepultura.
A colheita no espírito é de vida de Deus, uma vida plena da autoridade divina. A pessoa ganha velocidade nos passos, nas palavras, no território onde passa; essa é a vida eterna.

Quando aceitamos Jesus, não podemos mais perder tempo. Deus está abrindo o entendimento do Seu povo para que haja compreensão completa de que somos pérolas preciosas no Reino, somos filhos legítimos do Pai.

Quando um filho legítimo não entra em crise?

Um filho legítimo não entra em crise quando separa o que ouve. Não há outra regra e princípio a não ser separar o que ouve. O texto de Tito 2:8 diz que o diabo só encontra oportunidade por aquilo que falamos e ouvimos. É onde o diabo ganha vantagens na vida de algumas pessoas.

Há pessoas que se apressam em levar uma notícia que nem sabem se é ou não verdade. Isso é um perigo, porque, além de denegrir a imagem dos outros, atraem maldição. Levam adiante uma história que nem sabem se é ou não verdade.

O Evangelho é a Boa Notícia do Reino, portanto, quem nasce nesse Evangelho deve levar as Boas Notícias e não as más notícias. O Salmo 112:6 diz que o justo não teme as más notícias, porque ele está escrito em memória eterna diante do Senhor Todo Poderoso.

Precisamos saber que há legitimidade e, como filhos legítimos, não podemos estar denunciando, denegrindo, maculando a identidade do irmão. Independente de ser mais velho ou mais novo na comunidade, não temos esse direito. São tantas coisas terríveis que ocorrem em nossas vidas por falácias e o homem tem uma tendência natural de acreditar mais em mentiras do que em verdades.

Quantas mentiras foram lançadas sobre você e você acreditou, mas uma palavra de vida foi uma dificuldade para entrar. Deus vai deletar toda palavra de morte que entrou em sua alma para plantar a sede das boas notícias dEle dentro de você. Você será formado um filho legítimo que tem assinado a bênção para a vida e não a maldição para a morte.

Este é um novo tempo no qual devemos fazer uma nova assinatura sobre nossas vidas. Deus julgará com retidão, porque você nasceu par vencer. Não receba outros decretos sobre você. Você é filho legítimo, uma pérola formada nas conchas das mãos de Deus.

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