Em tempos tão difíceis com os de hoje, onde os homens e as nações buscam, insistentemente, protegerem-se das ameaças externas, este princípio pregado pelo apóstolo Tiago parece ir na contra mão da história. Se quisermos trabalhar em favor da paz, precisamos plantar sementes de bondade. Enquanto os homens trabalham pela paz tentando mostrar o quanto são fortes e prontos para guerra, Tiago nos exorta a um caminho contrário a este. Se trabalhamos pela paz, precisamos desenvolver a capacidade de semear a bondade em todos os nossos relacionamentos. Ninguém consegue ser um promotor da paz se viver em eterna beligerância. Se nossos atos não demonstrarem que estamos dispostos a mudar a nossa forma de relacionamento com as pessoas, não há como dar credibilidade ao nosso discurso pacificador. Como poderemos ser chamados Filhos e Filhas de Deus, se em nosso coração e em nossas mãos não há bondade? Por mais sérios e fiéis que sejamos, não há como promover a paz preparando-nos para guerra. Não desenvolveremos uma essência pacifista se continuarmos a viver com o coração duro e sem a mansidão peculiar a todo aquele que é promotor da paz. Enquanto estivermos “de mal do mundo”, não poderemos amá-lo como Jesus amou e morreu por ele. O amor que Ele colocou em nossos corações, passa pela capacidade de semear atos que promovam a unidade e a capacidade de aceitação entre as pessoas e as nações. Enquanto pensarmos somente em nossos próprios interesses, enquanto dermos mais valor às nossas próprias conquistas, sempre estaremos promovendo a disputa e valores individuais que valorizam mais o egocentrismo do que a comunhão, mais a vaidade do que o despojamento de valores, mais a arrogância do que a bondade. Trabalhar pela paz é o exercício da bondade, da mansidão e da fé, pois ninguém conseguirá conquistar o coração humano sem atos que desmanchem as barreiras do isolamento e da descrença na capacidade humana de amar.
Senhor, Tu nos chamaste à tua presença para que fossemos teus instrumentos neste mundo. Sob a direção do teu Espírito nós seríamos ministros da reconciliação e pacificadores de um mundo que jaz no maligno. Então fortalece o nosso coração e a nossa mente para que sejamos instrumentos do teu reino. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!
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