A importância dos princípios bíblicos

“Unidos para conquistar, Unidos para Colher!”  

A conquista e a colheita virão à medida do nosso entendimento da importância de estarmos aliançados com a Palavra, com os princípios contidos nela.
Toda conquista exige estratégia, planos de guerra, alvos, metas, postura, unidade e coesão às prioridades. È assim em qualquer lugar do mundo. Ninguém conquista sem unidade, sem alvo, sem prioridade, sem renuncia, sem submissão, sem visão de equipe.
“Ninguém conquista, olhando para os lados.” Ninguém conquista sem ter uma direção segura, fundamentada, firme, sólida.
Vivemos a era da descartabilidade! Tudo tem se tornado muito descartável. Tudo! Lembre-se de alguns itens que eram duradouros e hoje se tornaram descartáveis: coador de café, copos (madeira, cerâmica, vidro), carros - Fusca, equipamentos domésticos eram mais duráveis, a máquina de escrever como ela persistiu de geração a geração, hoje você compra um micro, depois de 12 meses ele já está ultrapassado, o disco de vinil quantos anos? Depois a fita K7, depois o CD que durou tão pouco e já cedeu lugar aos Mps 3, 4, 5. A velocidade da tecnologia, a velocidade da ciência tem mudado não somente a nossa sociedade no sentido material, mas principalmente no sentido de princípios. Essa descartabilidade de equipamentos eletrônicos, essa descartabilidade de nossos equipamentos eletrodomésticos, a volubilidade da moda, a vida útil tão limitada dos produtos e equipamentos que adquirimos como a evolução da ciência em desmentir hoje o que foi descoberto ontem, tem trazido este mesmo sentimento para dentro da igreja, para dentro do corpo de Cristo. Este sentimento de que o que hoje funciona, amanhã pode não funcionar. Pode surgir algo melhor. O que chamamos de pecado hoje, pode não ser amanhã. O pecado também tem se tornado descartável. Os princípios Bíblicos então nem se fala. A vida Cristã tem perdido sua real essência e os valores do mundo têm atingido de cheio a igreja. A todo o momento queremos algo novo, um louvor novo, uma Bíblia nova, uma igreja diferente. A superficialidade e momentaneidade da vida invadiram a igreja e estamos correndo o risco de queremos tantas coisas novas ao ponto de queremos um Deus novo. Um Deus contextualizado com a era digital. Um Deus contextualizado com a era “Speedy”. Um Deus que tenha princípios Novos contextualizado com o mundo que vivemos. Misericórdia!
Somos chamados para uma bate papo com um Deus que não muda. Com o Deus de Israel. Com um Deus que existe antes da fundação do mundo, ou melhor, um Deus que criou o mundo. Um Deus que Tiago apresenta como Pai das luzes em quem não pode existir variação ou sombra de mudanças. (Tiago 1: 17,18).
É justamente este Deus que hoje na abertura de mais um ano da EPB nos chama a refletirmos sobre alguns de seus princípios que são eternos e imutáveis. Independente da cultura, povo ou língua.

1º Principio: Aliança com a Palavra. Se quisermos conquistar, se quisermos colher de Deus o que Ele mesmo como Pai tem para nós, precisamos ter aliança com a Sua Palavra. "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar." (Mateus 24: 35). Hoje muitos não se satisfazem com a Palavra, muitos precisam de uma revelação, não importando se tem base na Palavra ou não. Muitos precisam sentir para obedecer, a Palavra não importa. Como discípulos de Jesus, hoje mais do que nunca somos desafiados a nos comprometer com a Palavra, pois o próprio Jesus afirma que o céu e a terra passarão, mas as suas palavras não hão de passar. Precisamos entender que se existe uma base para a vida cristã, essa base é a Palavra. Se existe um meio de sermos moldados, tratados, curados, aperfeiçoados, santificados é através da Palavra. Efésios 5: 26 Paulo afirma que: "a igreja é purificada pela lavagem de água pela Palavra”. Jeremias vai nos advertir que o nosso coração é enganoso. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17: 9). Como discípulos de Jesus, precisamos ser orientados sempre pela Palavra. As nossas decisões precisam ser tomadas em obediência a Palavra. Pois céus e terra passarão, mas a sua Palavra não há de passar.

2º principio que respalda a nossa conquista e a nossa colheita é a Aliança com o Corpo de Cristo, com a igreja local. Por muitos anos fomos formatados como pastores que Deus tinha um chamado para nossas vidas e que dentro desse chamado nós podíamos servi-LO um pouco em cada igreja, um pouco com uma família, depois com outra, depois com outra. A verdade é que a vontade de Deus para nós pastores sempre estava ligada ao crescimento da igreja, a falta de problemas e dificuldades, a prosperidade financeira, e tantos outros fatores. Quando começavam os problemas, quando o aumento salarial não vinha, quanto à rebeldia se despontava na vida da igreja, nossa alma entendia como se o ministério tivesse acabado naquele local e era o momento de Deus nos levar para outro lugar. Realmente muitos crêem e vivem assim. Fomos formatados a pensar assim. Mas existe respaldo Bíblico para tal situação? O que dizer de Moises, de Josué, Samuel? A vontade de Deus é que um líder abandone o seu povo quando existem problemas, quando as coisas não vão bem? Ou a vontade de Deus é que o líder ensine seu povo, ministre, confronte o povo, dirija, pastoreie. Quando Deus cria o homem e logo em seguida uma companheira, Ele cria também um principio de relacionamento baseado na aliança até que a morte os separe. O mesmo principio presente no relacionamento de Deus com o homem, para sempre por toda a eternidade, é presente no relacionamento no casal aqui na terra, até o fim. Deus deseja que entendamos esse principio de unidade no corpo. Na unidade do corpo somos moldados, lapidados, aperfeiçoados, tratados. Aprendemos a amar, a sujeitar, a respeitar o papel do outro, a nos humilhar, a obedecer. A última oração de Jesus teve a unidade do corpo como tema único e principal. Em João 17 Jesus pede que assim como Ele e o Pai são um, que a igreja seja uma! Para que o mundo Os conheça. A multiplicidade de igrejas hoje não respalda a ultima oração de Jesus. A multiplicidade de igreja respalda o orgulho, a falta de perdão, o egoísmo, a individualidade, a falta de renuncia do ser humano. Como pode alguém orar a Deus pedindo direção para quebrar aliança, quando Deus é Deus de aliança. Pode algum esposo aqui orar, para que Deus lhe dê outra esposa? . Principio Bíblico é para ser aplicado também em nossa vida espiritual, ou ainda mais em nossa vida espiritual, como em todas as áreas de nossa vida. "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." (Hebreus 10: 25). O escritor de Hebreus nos adverte a nos admoestarmos uns aos outros e mantermos a unidade do corpo. Lembre-se: A aliança com a corpo de Cristo, com a igreja local, respaldará minha conquista!

3º princípio que respalda nossa conquista é a FIDELIDADE. "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo." (II Timóteo 2: 13). A fidelidade faz parte da essência de Deus. Ele não pode ser infiel, porque não pode negar-se a si mesmo. Eu e você precisamos ter a fidelidade como parte de nossa essência, de maneira que não vivê-la é negarmos quem somos. A Fidelidade deve ser parte de nós em nossas atitudes, em nossas palavras, em nossos horários, em nossos sentimentos, em nossos relacionamentos pessoais, ministeriais, em nossos pensamentos e por fim em nossa vida material ou financeira.
Quando assumimos a essência da fidelidade em nossas vidas, dar o dizimo, as ofertas, as primícias, são simplesmente conseqüências dessa essência em nós.
Quero desafiar você a avaliar a sua Fidelidade. Quero desafiar você a não abrir mão do estigma: FIEL. Seja fiel ao Senhor, seja fiel a Sua Palavra, se submeta a Ela. Seja fiel a sua igreja, seja fiel com sua consciência!

Conclusão
Entendemos que a vida útil de tudo o que nos rodeia no mundo atual, é breve e passageira, mas os princípios de Deus são eternos. Quero desafiar você a se aliançar com a Palavra que tem uma vida útil por toda a eternidade e será ela que participará no juízo final. Quero desafiar você a entender que a vida útil da unidade no corpo de Cristo também é eterna e que a unidade celestial que tanto almejamos e pregamos precisa ser vivenciada aqui na terra, pois pregamos um Deus trino que vive em Unidade (João 17) e por fim quero desafiar você a estar aliançado com a Fidelidade que é a essência do Deus que pregamos.

Pra Leile Albano
Janeiro/2009

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