“Os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca de leões.” (Hebreus 11:33)
Nos últimos dias Deus tem levantado remanescentes na igreja, os quais estão dispostos a mudar qualquer histórico negativo e medíocre, qualquer sentença de acusação que havia contra nós, qualquer jugo de baixa auto-estima. Historicamente, vemos que o catolicismo colocou jargões e estereótipos contra a igreja cristã evangélica por séculos. Resultado dessa semente: a sociedade foi cruel para conosco. Vivíamos tempos primitivos: jogavam ovos podres, tomates e pedras, insultavam-nos com palavrões, blasfêmias e calúnias; muitos pastores e evangelistas eram presos por pregarem o evangelho. Foi uma inquisição em outro nível. Depois começou a guerra do Estado contra a igreja. Não tínhamos paz, éramos “discriminados”, não tínhamos oportunidades, as portas dos cargos públicos se fechavam;enfrentamos uma verdadeira guerra de sobrevivência, mas vencemos essas etapas.
Logo após veio a guerra mais cruel: a que se dava entre irmãos. Não havia união, nem unidade; o comportamento da igreja de Jesus era similar ao relacionamento de judeus e árabes. Os tradicionais versus os pentecostais. Essa guerra foi a mais traumática de todas, pois não era externa e sim interna. Vimos denominação contra denominação, igreja contra igreja, pastor contra pastor, ovelha contra pastor, pastor contra ovelha, ovelha contra ovelha. Essa foi a mais cruel e traumática de todas.
Porém, a situação não está resolvida completamente. Ainda temos resquícios dessa guerra. Com isso, o adversário ganhou territórios e fragilizou a capacidade de avanço da igreja; enfraqueceu os relacionamentos e fortaleceu reinos particulares. Vivemos a realidade do eu sou de Paulo; ou eu de Apolo; ou eu sou de Cefas; ou eu sou de Cristo (I Co 1:12). Entretanto, mesmo em meio a tantas controvérsias, somos chamados a nos levantar como arautos, atalaias, para bradarem um novo começo.
Classifico esses como os ungidos de Deus, dotados de uma coragem não-humana, acima da mediocridade e da esfera comum, cheios do amor de Deus no seu coração para abortarem todo medo (I Jô 4:18). Esses são valentes de Deus!!! Ler Joel 2:4 a 11
Esse grande exército é formado por muitos Abraãos, Isaques, Jacós, Moisés, Josués, Calebes, Elias, Eliseus, Neemias, Esdras, Rutes, Ester, Davis, Gideões, por muitos discípulos e apóstolos que não representam apenas figuras humanas históricas, mas representam os valentes de Deus que mudaram e mudam a história, os contextos e realidades opostas aos princípios de Deus.
Dentre esse exército quero narrar a vida de Gideão: Juizes 6: 1 a 8:33.
Mais uma vez, os israelitas pecaram contra Deus e por isso Ele deixou que os midianitas, as tribos do deserto, os dominassem durante 7 anos. O povo de Mídia devastava tudo quanto Israel semeava, prejudicando suas colheitas e roubando seu gado. Os Israelitas escondiam-se dos midianitas em cavernas nas montanhas. Israel foi levado pelos midianitas à miséria, então os israelitas pediram socorro a Deus (6:1 a 10).
Um dia Gideão estava malhando trigo no tanque de pisar uvas, escondido, para que os midianitas não o encontrassem (6:11). O anjo de Deus, de repente, apareceu e falou: “Deus está com você, valente guerreiro”.
Gideão respondeu: “Se Deus está conosco, por que Ele nos entregou aos midianitas?”.
“Você deverá aniquilá-los”, respondeu o anjo.
Gideão respondeu: “Como posso libertar Israel? A minha família é a mais pobre da nossa tribo e eu sou a pessoa menos importante da minha família”.
Deus disse: “Você pode fazer isso porque eu ajudarei” (6:12 a 16)
Naquela mesma noite, Deus mandou que Gideão destruísse o altar feito por seu pai, Joás, para o deus Baal. Na manhã seguinte, quando o povo descobriu o que Gideão fizera, ficou indignado e quis matá-lo. Joás respondeu: “Se Baal é um deus verdadeiro, deixem que ele se vingue”, e Gideão foi poupado (6:25 a 32)
Mais uma vez os midianitas se preparam para atacar Israel. Gideão enviou mensageiros às quatro tribos (Manasses, Aser, Zebulom e Naftali) e formou um exército (6: 33 a 35).
Gideão ficou em dúvida e desejou um sinal de Deus. Ele falou a Deus: “Vou por um pouco de lã no lugar onde malhamos o trigo. Se de manhã o orvalho tiver molhado somente a lã e o chão em volta dela estiver seco, então saberei que Tu realmente me usarás para libertar Israel”. Aconteceu assim, porém Gideão não estava satisfeito. Ele pediu: “Deixa que eu faça outra prova com a lã. Que desta vez a lã fique seca, e que haja orvalho somente em volta dela”. Deus fez isso naquela noite (6:36 a 40)
Gideão tinha um exército de trinta e dois mil homens. Deus avisou a Gideão que, porque tinha gente demais, se vencessem, diriam que foi sem a ajuda de Deus. “Diga aos que têm medo que podem voltar para seus lares”. Ficaram apenas dez mil homens (7:3). Deus falou: “Ainda é gente demais. Leve-os para a margem do rio e depois mande-os beber água. A um lado ficarão aqueles que lamberem a água com a língua, tal qual fazem os cães, e de outro os que beberem de joelhos”. Somente trezentos juntaram água nas mãos e lamberam a água levando as mãos à boca. Deus falou: “Com estes trezentos que lamberam a água, eu libertarei vocês” (7:4 a 7).
Gideão dividiu os homens em três regimentos e deu a cada soldado uma corneta e um jarro com uma tocha acesa tocha. No meio da noite, os três regimentos dirigiram-se para o acampamento dos midianitas. Quando todos se encontraram, eles tocaram as suas trombetas, quebraram seus jarros e ergueram as tochas acesas. “Todos juntos puseram-se a gritar:” À espada do Senhor e de Gideão”. Com isso, o acampamento dos midianitas foi tomado de pânico. Julgaram estar sendo atacados por um grande exército e na escuridão e na confusão reinantes, começaram a lutar entre eles. Segui-se o pânico e uma luta encarniçada e logo os inimigos de Israel destruíram-se uns aos outros. Os inimigos fugiram e os israelitas os perseguiram. O inimigo foi totalmente subjugado (7:16 a 25).
Pelo resto da vida de Gideão, o povo de Israel viveu em paz, livre de seus inimigos (8:28).
Depois de salvar Israel dos midianitas, os homens de Gideão deram-lhe o ouro tirado dos inimigos e Gideão fez do ouro um ídolo. Isso foi uma armadilha para Gideão e sua gente. Gideão foi pai de setenta filhos, pois tinha muitas mulheres (8:22 a 30).
Depois que Gideão morreu, os israelitas abandonaram a Deus novamente (8:33).
Algumas características dos valentes de Deus presentes na vida de Gideão:
1. Ser um homem consciente da sua chamada. Juízes 6: 11 a 24 – aparecimento do anjo, o diálogo com Gideão, a oferta de Gideão: Um cabrito, bolos asmos de um efa de farinha. ...Ilustração: Abraão. Todos nós fomos chamados por Deus para algo grandioso. Cada um dentro da sua perspectiva, cada um na sua fileira. Ninguém no reino precisa estar ocioso! Na visão da igreja celular, podemos nos ocupar em 100% e fazer exatamente o que o Senhor mandou que fizéssemos: discípulos de todas as nações (Mt. 28:19) Que tipo de discípulo é gerado por um valente de Deus? Você não é mais um na regra, você é exceção à regra. Nós, em Deus, somos diferentes, para fazer a diferença.
2. Ser um homem de fé. Juízes 6:25 a 39 – Gideão destrói os altares de Baal e pede confirmação de Deus para exercer seu plano... Ilustração:Moisés, Hebreus 11:27 diz: “Pela fé Moisés rompeu com o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei: Antes permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível, Deus”. Nós também hoje mais do que em qualquer outra era somos chamados a ter fé para conquistar reinos. Precisamos ter fé para assumirmos para nós a profecia de Joel 2:4 a 11 (ler)
3. Ter Unidade de Propósito. Juízes 7: 1 a 18 - a convocação do povo das 4 tribos: Manasses, Aser, Zebulom e Naftali. A dispensa dos tímidos e medrosos, a prova da água: a escolha dos 300 homens. Ilustração: Muralha de Jericó (Josué 6).Assim como o povo de Israel foi desafiado a conquistar a terra prometida, hoje nós somos desafiados a implantar o reino do céu aqui na terra. Teremos um modelo do céu na terra, quando todos conhecerem o Messias Jesus, e no novo nascimento da semente incorruptível alcançar a nossa gente (I Pe 1:23) Agora, não podemos aceitar que uma comunidade que diz ter essa semente incorruptível viva na dimensão do reino da terra, sem ousar viver o reino do Céu. O Reino de Deus está dentro de nós (Lucas 17:21). Eu e você somos conscientes do poder da unidade de propósito que existe a disposição da igreja?
Como valentes de Deus eu e você precisamos estar conscientes do nosso chamado, ser discípulos e fazer discípulos. Precisamos nos dispor a sermos homens e mulheres de fé e como isto exige de nós um romper de limites a cada amanhecer, isto é desconfortante, dói, nos tira da zona de conforto e segurança humana. Mas gera crescimento, alarga a visão. E por fim precisamos estar mais que conscientes da importância de se ter Unidade de propósito em tudo que nos dispormos a fazer para o Senhor de nossas vidas. Nesta manhã desafio você se colocar diante de Deus e avaliar o seu chamado, você tem sido discípulo de Jesus?. Quero que você avalie sua fé, seus limites, sua dependência de Deus. E por fim quero que você avalie sua visão de unidade. Confronte seu coração, seu egoísmo, seu orgulho, seu pecado e reconheça o quanto esses sentimentos, atitudes e posturas são usados pelo inimigo para roubar a unidade de propósito na vida de nossa igreja e com isto a conquista que nos está reservada como povo e como cidade.
Pr Leile albano
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